segunda-feira, 29 de junho de 2009
TERÇA-FEIRA, 30/06, NA REITORIA
Está marcada para esta segunda-feira, 14 horas, o Lançamento da Frente Ampla pela Democratização da USP e mudança do Estatuto da Universidade.Este é e será um dos maiores saldos políticos da nossa greve, conseguimos com que amplos setores da Universidade tenham se convencido que não dá mais para manter essa estrutura de poder. A convocação de uma Estatuinte, livre e Soberana, é a nossa proposta e principal tarefa a partir do início do 2º semestre.
A NEGOCIAÇÃO DO FÓRUM DAS SEIS COM O CRUESP6ª feira, dia 26/6, houve reunião com a Comissão Técnica do Cruesp, onde mais uma vez o Fórum das Seis demonstrou aos técnicos do Cruesp a viabilidade do reajuste reivindicado.Esperamos que as negociações avancem hoje.
GRIPE SUÍNA NA USP (gripe A H1N1)
Repudiamos com veemências a atitude discriminatória e irresponsável do diretor da FEA e dareitoria da USP, que ante a comprovação de três casos de gripe suína naquela faculdade, suspenderam as aulas e, com essa medida, desobrigaram os estudantes e os professores de comparecer à faculdade, mas não suspenderam o expediente dos funcionários, obrigando-os a trabalhar expostos ao risco de contágio.
Isso, porém, não é o mais grave: O sindicato foi até a FEA discutir a questão com o diretor, que afirmou haver acordado tais medidas diretamente com a reitora. Além disso o sindicato constatou que apenas os funcionários da diretoria usavam mascaras de proteção. Por isso, a assembléia de greve de 26/06/09, repudiou a discriminação e a violência que põe em risco a saúde e a vida de trabalhares da FEA.
O mais absurdo é que a direção da FEA afixou cartazes indicando que quem apresentar quaisquer dos sintomas deverá procurar o Hospital das Clínicas.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Importante Atividade sobre Terceirizados com Brandão e Juiz Souto Maior
Com um plenário lotado, o Comando de Greve dos Trabalhadores da USP realizou um importante ato hoje, 24/6, contra a terceirização e precarização do trabalho, que iremos reproduzir nessa nota apenas uma pequena parte.
Diana Assunção do Grupo de Mulheres Pão e Rosas coordenou a atividade que teve na mesa o Juiz do Trabalho e professor de Direito Jorge Luiz Souto Maior e o diretor do Sintusp Claudionor Brandão, demitido inconstitucionalmente pela reitoria da USP sob a alegação de estar descumprindo suas atribuições sindicais a favor de “interesses alheios ao dos trabalhadores da universidade” por defender trabalhadores terceirizados em 2006.
O Professor Souto Maior começou sua exposição falando contra o “senso comum” de que hoje a terceirização é um processo do qual os trabalhadores devem se “adaptar” ou ainda “aceitar”, e que nada pode ser feito contra isso. Exemplificou como em todos os locais de trabalho inclusive nos próprios tribunais e fóruns, até mesmo os trabalhistas, a terceirização é tratada como um “fenômeno natural”. Lembrou de casos que são corriqueiros entre os terceirizados, alijados de todos os direitos trabalhistas, impossibilitados de se organizarem sindicalmente sob constante ameaça de punições, assédio moral e demissão, e das péssimas condições de trabalho a que são submetidos tendo que fazer suas refeições e horas de descanso dentro de banheiros e nos corredores dos locais em que trabalham
Ao longo de sua fala lembrou as diversas conquistas trabalhistas e democráticas da classe trabalhadora. Segundo ele, “foi a atuação dos trabalhadores enquanto classe que forneceu à sociedade moderna o valor do que é realmente a democracia”. Souto Maior foi além, ao dizer que essas conquistas passaram a ser atacadas mais fortemente após a queda do muro de Berlim em 1989, e que a terceirização é um dos mecanismos que a classe dominante se utiliza como tentativa de impedir a resistência dos trabalhadores. Por fim, o professor colocou que a terceirização tem o caráter perverso de desumanizar os indivíduos e transformar esses trabalhadores em “coisas” que, por não terem as mesmas condições de acesso a educação e a formação profissional, ocupam os piores trabalhos e são completamente desqualificados por chefias e até mesmo por outros trabalhadores efetivos
No mesmo sentido, Brandão interveio dizendo que na reestruturação produtiva dos anos 90, que se caracteriza por uma diminuição da margem de lucro dos capitalistas e maior competitividade entre os grandes monopólios, se faz necessário colocar no mercado produtos de maior qualidade com o menor preço, tendo que se utilizar de toda a capacidade tecnológica e, em conseqüência, o barateamento do custo da produção se dá através da superexploração dos trabalhadores em todos os níveis, inclusive na universidade que tem perdido gradativamente postos de trabalho nas áreas de manutenção limpeza e vigilância. Brandão denunciou como na USP a verba destinada a segurança, em especial as empresas terceirizadas que lucram absurdos com a verba pública, é cinco vezes superior àquela reservada para ensino e pesquisa.
Da plenária, funcionários e estudantes intervieram colocando outras muitas denúncias que reforçam a consigna levada pela campanha do Grupo Pão e Rosas de que a terceirização escraviza, humilha e divide. Em breve lançaremos um vídeo desse debate com as principais questões levantadas nessa importante atividade.
Nota comando de greve dos estudantes de Ciências Sociais da USP
Nos colocamos ao lado dos trabalhadores da USP e da maioria universitária
Na sexta-feira, dia 19/06, alguns estudantes ligados ao CDIE entre outros grupos do tipo, foram à Assembléia do Sintusp para organizar um suposto pic-nic no Sintusp como uma ocupação de uma hora do Sindicato de Trabalhadores da USP. Certamente estes estudantes não dizem e não mostram em seus filmes que parte de seus “pacíficos” manifestantes portavam cartazes durante a assembléia de trabalhadores com os dizeres: “chupa Brandão”, “fora Brandão”, “morte a Brandão”. Estes organizaram um ato na praça do relógio no começo da noite e um setor deste grupo ainda ameaçava ir ao Sintusp para algum tipo de ação contra o Sindicato.
Nós, estudantes de Ciência Sociais, reunidos no comando de greve de nosso curso, no dia 22/06, repudiamos a ação destes grupos de direita em nossa universidade, assim como já nos manifestamos anteriormente em assembléias de nosso curso, e nos colocamos ao lado dos trabalhadores da USP e da maioria universitária contra grupos direitistas deste caráter que prontamente colocam-se ativamente contra a liberdade de organização e expressão dos trabalhadores da USP. Rechaçamos o uso indiscriminado da fórmula democracia que, para estes, significa: a polícia na USP para reprimir a organização polícia e sindical de estudantes e trabalhadores e ameaças de agressão e morte a Claudionor Brandão.
Não deixamos esquecer que parte destes estudantes foram os que fizeram o vídeo Sintusp Wars, tentando demonizar trabalhadores da USP que historicamente lutam pela universidade pública, gratuita e de qualidade, contra a terceirização do trabalho na USP e por melhores condições de trabalho e ensino. Outros ainda são os que juntaram-se numa manifestação agressiva e machista contra uma sindicalista, mulher, do Sintusp, durante um ato votado em assembléia de trabalhadores, ocorrido na Poli em 2007. Outros destes foram os que, de forma bastante autoritária, arrancaram crafts e cadeiraços do prédio da História e Geografia, ambos discutidos e aprovados por ampla maioria nas assembléias de base. Outros que, há poucas semanas, entraram no DCE Livre da USP e quebraram uma de suas portas de vidro. E outros, como o estudante da Faculdade de Direito da USP, Renato Gallotti Sant’Ana, que jogaram garrafas de vidro, ovos e outros objetos do 12º andar de um prédio da esquina da Av. Paulista com a Av. Brigadeiro Luiz Antônio, enquanto estudantes, funcionários e professores manifestavam-se num grande ato democrático contra a PM na USP e por “Fora Suely”.
Estes estudantes são hoje via de transmissão das políticas elitistas e repressivas de Serra e Suely na universidade e por trás deles estão figuras como Reinaldos Azevedos, tucanos, organismos institucionais da FEA-USP e a própria polícia. Aliás, como poderia ser feito um boletim de ocorrência de um dos estudantes deste grupo, da Faculdade de História da USP, alegando agressões, espancamentos e pauladas após a discussão com estudantes grevistas na sexta-feira a noite, quando não houve nenhuma ação deste tipo? Não por menos gritavam : “viva a PM na USP” junto a “fora Brandão vai já pro camburão”.
A normalidade acadêmica, a atual estrutura de poder da USP e a presença da polícia no campus estão ao lado destes estudantes que coadunam com o projeto de universidade pautado pela lógica do mercado, projeto este ativo em manter os atuais privilégios de uma classe sobre a maioria da população e dos trabalhadores.
Por todos estes motivos queremos deixar claro que muitos destes que hoje reivindicam uma suposta liberdade de expressão são os mesmos que coagem trabalhadores da USP, que disseminam uma ideologia não por acaso anti-operária na universidade e mais do que antidemocrática. Neste comando de greve, após o ocorrido de sexta-feira na USP, prontificamo-nos na defesa da liberdade de organização e expressão do movimento de greve assim como colocamo-nos ao lado dos trabalhadores da USP contra toda a ameaça ou agressão que podem sofrer, física ou de pequenos atentados ao Sindicato dos Trabalhadores da USP, assim como ao DCE Livre da USP.
Responsabilizamos a Reitoria e o governo do estado de São Paulo por qualquer atentado deste tipo na USP e rechaçamos o papel que a grande mídia vem cumprindo em insuflar movimentos direitistas de alguns estudantes nesta universidade.
COMANDO DE GREVE DOS ESTUDANTS DA CIÊNCIAS SOCIAIS DA USP
22/06/2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
MILHARES vão ao ATO CONTRA SUELY e a PM no Campus!
Foi o que vimos nesta manifestação, que tomou o centro de São Paulo, da Avenida Paulista, Brigadeiro Luis Antonio e Largo de São Francisco.
No Largo de São Francisco, ocorreu um grande Ato, em frente à Faculdade de Direito, fechada desde a noite do dia 17, pelo déspota Grandino Rodas, medíocre diretor que sonha em ser reitor, e que foi massivamente vaiado pelos manifestantes.
REABERTURA DE NEGOCIAÇÃO JÁ!200 FIXO + 16% DE REAJUSTE SALARIAL!ATENDIMENTO COM QUALIDADE NO HU!ABAIXO À UNIVESP (ENSINO À DISTÂNCIA)!
Ameaça dos “contra”
No último domingo, dois carros com estudantes e um professor da Poli saíram pelo campus arrancando todas as faixas das unidades em greve, foram ao Sintusp e colaram cartazes com conteúdo fascista contra os trabalhadores, inclusive um com a famosa foto do Serra com a metralhadora e a inscrição “Atire no Brandão!”
Agora, corre informações, algumas na imprensa, que há um chamado dos “contra a greve” para invadir o Sintusp ao meio dia de hoje, uns dizendo que vão “botar para quebrar”, outros que farão um piquenique.
REINTEGRAÇÃO DE BRANDÃO E RETIRADA DOS PROCESSOS!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Grande ato com Intelectuais - 16/6 -
Mais um grande ato foi realizado ontem, 16/6, na USP, que contou com cerca de mil estudantes e funcionários que lotaram o anfiteatro da Geografia e o saguão do prédio que exibia a atividade com um telão; e com a ilustre presença dos professores Antônio Cândido e das professoras Marilena Chauí e Maria Benevides em repúdio a presença da PM na USP desde o dia 1/6, e em especial as bárbaridades e truculências cometidas no dia 9 quando funcionários, estudantes e professores, realizavam uma manifestação pacífica pela saída imediata da polícia militar do campus e Fora Reitora, Diretas para Reitor. Uma campanha democrática que vem ganahndo apoio e solidariedade ativa de diversos setores de dentro e fora da universidade, desmintindo a grande mídia que atribui nossa mobilização e greve a "grupelhos radicais". São centenas de moções de apoio e solidariedade a essa luta que tem por objetivo democratizar a estrutura de poder arcaica e autoritária da Universidade de São Paulo, controlada por uma pequena casta de professores titulares que dominam o Conselho Universitário (CO). Mais uma vez agradeçemos efusivamente a todos que estão em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Trabalhadores e Estudantes contra a Terceirização
Hoje, estudantes e trabalhadores da USP em GREVE realizaram um importante ato contra a terceirização na USP, ocupando o restaurante Universitário ("Bandejão") da Química, único restaurante a funcionar durante a greve, que impede que os funcionários possam exercer seu direito constitucional de reivindicar melhores condições de salário e trabalho, pelo fato deste restaurante ser terceirizado. Os manifestantes passaram a servir os estudantes que entravam para almoçar, denunciando as péssimas condições de trabalho que os terceirizados são submetidos e os salários miseráveis, demonstrando toda a solidariedade a esses companheiros e companheiras que não podem se unificar com os efetivos da USP, em especial com os demais trabalhadores dos restaurantes que hoje encontram-se fechados. Palavras de ordem como "Reitora, preste atenção, não vai passar a terceirização" e "Terceirizado é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" foram cantadas com muito entusiasmo por todos!
Continuaremos lutando para barrar a terceirização na USP, que além de impedir a unidade de todos os setores da classe trabalhadora, escraviza, humilha e divide nossos irmão de classe!
Saudamos a todos os combativos estudantes e funcionários que estiveram presentes nesse ato
REVISTA CAROS AMIGOS
Submetralhadora, pau-de-arara e cremes na USP
Por Lúcia Rodrigues
Logo após ser nomeada para o cargo de reitora da USP, em 2005, pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB), a farmacêutica Suely Vilela Sampaio declarou à imprensa que gastava a maior parte de seu dinheiro com cremes e roupas. À época, ela também confidenciou que pretendia fazer uma cirurgia plástica para ficar mais bonita. Apesar dos comentários fúteis, é direito dela investir no próprio visual.
O lamentável é que as preocupações da reitora da universidade mais importante da América Latina, não se estendam à instituição que dirige. Suely Vilela acaba de cravar em seu currículo, a pecha de reitora que permitiu que PM transformasse a USP em uma praça de guerra.
É claro, que ela não tomou a decisão sozinha. O governador José Serra (PSDB) deu o aval para que, a especialista em animais venenosos, chamasse a PM para sitiar a universidade, com policias armados, inclusive, de submetralhadoras.
Por absoluta falta de habilidade, a reitora Suely Vilela transformou reivindicações trabalhistas em caso de polícia. A prática é corriqueira em regimes ditatoriais. O próprio presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, sentiu na pele o peso da repressão, quando comandava os metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema.
Na USP, assim como nas greves do ABC dos anos
Anos de chumbo
Desde 1968, quando os tanques do Exército invadiram a Cidade Universitária, para prender opositores do regime, não se via cenas de barbárie como as registradas no final da tarde de terça-feira, dia 09 de junho. Ao colocar a PM no campus, a reitora Suely Vilela deu sinal verde para a repressão agir. O ambiente do conhecimento, forçadamente teve de ceder lugar ao armamento do choque: bombas, tiros de borracha, cassetetes, escudos e vôos rasantes dos helicópteros militares. As imagens da selvageria praticada pela Polícia Militar, e que percorreram o mundo, falam por si.
No prédio da reitoria, recolhida em seu gabinete, Suely Vilela, assistiu a tudo pela TV, confortavelmente reclinada em sua poltrona. A tranqüilidade da reitora, no entanto, pode estar com os dias contados. O ataque militar gerou revolta e consternação na comunidade acadêmica. Até mesmo professores que não haviam aderido à greve, passaram a criticá-la abertamente.
“Fora Suely” e “fora PM” são as palavras mais ouvidas no campus. A Adusp (Associação dos Docentes da USP) já protocolou a exigência na reitoria. Acuada, a reitora escreveu artigo para a imprensa tentando justificar o injustificável. Segue na linha da intervenção do governador José Serra, que considerou a ação da PM correta.
A primeira mulher a assumir o cargo mais importante da USP, entra para o rol de persona non grata no círculo daqueles que defendem o diálogo ao invés do açoite.
Pau-de-arara
Uma funcionária do comando de greve, que prefere não ter o nome revelado com medo de represálias, afirma que as provocações dos militares aos líderes do movimento têm sido rotineiras. Se a liderança for mulher, as provocações se tornam mais pesadas. “Fazem gestos obscenos com a língua”, conta a trabalhadora.
Na manhã de terça-feira, dia 09, enquanto ela e mais duas colegas distribuíam panfletos do sindicato, nos fundos da reitoria, um grupo de policiais fazia comentários provocativos em voz alta. Um perguntava: “essa aí (manifestante) dá pra pendurar (no pau-de-arara), não dá?” Ao que o outro prontamente respondeu: “ô se dá”. Os demais militares riam da provocação feita pelos colegas de farda.
A provocação dos militares é uma alusão ao pau-de-arara, instrumento de tortura empregado pela repressão contra presos políticos durante a ditadura e vigente ainda hoje em delegacias e presídios, para castigar prisioneiros comuns.
Os resquícios do golpe de 64 estão presentes nas práticas policiais. O combate à guerrilha
A mentalidade repressiva da polícia contra os movimentos sociais, infelizmente, não é coisa do passado. Isso talvez explique a presença de armamento letal, como pistolas, revólveres e submetralhadoras dentro campus universitário. Funcionários, estudantes e professores ainda são vistos pelos militares, como inimigos internos.
Questionado pela reportagem de Caros Amigos sobre a presença de um sargento portando uma submetralhadora, em frente ao Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP), o tenente-coronel Cláudio Miguel Marques Longo, comandante da operação, silenciou. Ao ver a foto publicada no jornal da Adusp, justificou afirmando que o policial voltava de um assalto a banco.
Lúcia Rodrigues é jornalista
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Moções de Repudio contra a Reitora e a PM!
Manifestação da Assembléia Geral da ADUFRJ-SSind em repúdio a violência policial na USP
Os professores da UFRJ, reunidos em assembléia da Adufrj-SSind em 10 de junho de 2009, manifestam seu total repúdio à presença da polícia militar do Estado de São Paulo no Campus Butantã da Universidade de São Paulo e à agressão violenta sofrida pelos professores, funcionários e estudantes no inesquecível dia 9 de junho.
O enorme operativo policial no campus, inusitadamente convocado pela reitora Suely Vilela com o apoio do governo José Serra, impinge um duro ataque à autonomia universitária. Historicamente, as comunidades universitárias lutaram para que o espaço da universidade fosse um lugar livre do obscurantismo da repressão e do uso da força para impor a vontade de grupos particularistas para que a instituição pudesse ser um espaço público de debates com base na razão e nas boas práticas acadêmicas. A inaudita violência da repressão, lembrando cenas das piores ditaduras e tiranias, confirma que a USP vive um estado de exceção e que as autoridades que se valeram da força não têm mais legitimidade para continuar representando os anseios de sua comunidade.
Os professores da UFRJ se declaram irmanados na luta da comunidade das universidades estaduais paulistas em seus legítimos anseios de autonomia, de condições de trabalho condizentes com o trabalho acadêmico, de melhores salários e de uma educação pública, gratuita e de qualidade e, por isso, exigem a imediata retirada do aparato policial da universidade.
Acompanharemos atentamente os desdobramentos dos graves acontecimentos e seguiremos construindo as melhores formas de solidariedade ativa aos professores, estudantes e técnicos e administrativos que nobremente protagonizam essas lutas em prol de uma universidade livre da violência e da intolerância amparada nas armas.
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2009. Assembléia da Adufrj-SSind
Moção de repúdio a reitoria da USP e ao governo Serra
Os estudantes de comunicação social reunidos no III Encontro Regional dos Estudantes de Comunicação Social Sul/SP, organizado pela Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social – Enecos, vem por meio deste repudiar a ação truculenta da Polícia Militar de São Paulo no dia 09 de junho de 2009, ao tentar desmobilizar o ato político realizado por funcionários, professores e estudantes da USP, que estão em greve contra o projeto de ensino a distância na Univesp, contra a perseguição política e demissão de sindicalistas e por reposição de perdas salariais. Entendemos que este ataque não é um caso isolado ao movimento da USP, e sim é parte de uma política de estado contra o direito de livre organização política e criminalização dos movimentos sociais.
O confronto com a tropa de choque na USP, as desocupações violentas contra estudantes ocupados nos últimos anos na PUC-SP, Unesp Araraquara, Unifesp, Fundação Santo André, Unisantos, Faculdade de Direito da USP, UFBA e as perseguições políticas que vem ocorrendo na UFMT e UFC, mostram que a resposta a luta dos estudantes não é isolada.
Por entender que a luta é por educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos/todas, nós, estudantes de comunicação social, nos solidarizamos aos trabalhadores e estudantes da USP.
Canoas, Rio Grande do Sul, 14 de junho de 2009.
Entidade de professores da USP pede renúncia de reitora
Docentes estão em greve por período indeterminado.Eles também exigem a saída da polícia do campus.
Após o confronto de policiais e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) na terça-feira (9), a Associação dos Docentes da USP (Adusp) pediu nesta quarta-feira (10) a renúncia da reitora da universidade, Suely Vilela. Em assembleia, eles votaram pela continuidade da greve e pediram a retirada da Polícia Militar do campus da USP na Zona Oeste da capital paulista.
O G1 procurou a assessoria de imprensa da USP que não se manifestou sobre as reivindicações da Adusp.
A entidade de professores também criticou a demissão de um dirigente sindical, o ingresso da USP na Universidade Virtual do Estado de São Paulo (programa da Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo com as três universidades paulistas públicas) e mudanças no vestibular da Fuvest. Segundo a entidade, essas decisões foram tomadas “sem razões acadêmicas que as sustentem”.
A Reitoria da USP divulgou nota na noite de terça-feira (9) em que lamentou o confronto ocorrido entre a Polícia Militar e os manifestantes na Cidade Universitária.
sábado, 13 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Alunos protestaram contra a precarização do ensino e a invasão do campus da USP, pela tropa de choque da polícia, na terça-feira
(Da Redação) - Estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Rio Claro, fizeram no início da tarde de ontem uma manifestação no Jardim Público. O ato foi em repúdio à repressão aos estudantes da USP (Universidade de São Paulo) feita pela tropa de choque da polícia, na terça-feira.
Segundo Alyne Arins, colaboradora do Caped (Centro Acadêmico de Pedagogia), o ato reuniu alunos de todos os cursos da Unesp. "Estamos protestando contra o não direito à voz e ao diálogo", defende a estudante. A manifestação foi uma forma de marcar posição quanto aos fatos que vêm acontecendo na USP, onde os funcionários, professores e alunos estão em greve há mais de 30 dias.
De acordo com Alyne, o ato também teve como objetivo esclarecer a população sobre o que está acontecendo na universidade e na educação de forma geral. "O discurso do governo é democrático, mas na prática não há democracia", afirma. "Estamos reivindicando nosso direito ao diálogo com as reitorias", acrescenta.
O ato de ontem foi aprovado na assembleia geral dos estudantes realizada na noite de terça-feira. Na reunião, alunos que tinham ido participar da manifestação em São Paulo relataram os acontecimentos que culminaram com o confronto com a tropa de choque. "Alguns alunos voltaram, outros ficaram presos na Faculdade de História, ilhados pela tropa de choque", conta Alyne.
A colaboradora critica a ação da polícia porque os estudantes estavam fazendo uma manifestação pacífica e foram duramente repreendidos. "Não podíamos deixar isso passar em branco", destaca. Ela ainda cobra um posicionamento dos professores da Unesp local que até agora não se manifestaram sobre o assunto.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
USP: UM CAMPO DE GUERRA
A partir das 12 horas, houve o Ato do Fórum das Seis, com mais de 2.000 funcionários, estudantes e professores da USP, Unesp e Unicamp, em frente à reitoria da USP, exigindo a retirada da PM do campus e abertura de negociação com o Cruesp.
Em seguida, funcionários e estudantes da USP, convocados pelo Comando de Greve Unifcado (funcionários e estudantes), dirigiram-se, em passeata, ao portão 1 da Universidade. A tropa de choque tentou impedir a saída da passeata da universidade, mas em virtude do grande número de manifestantes foi obrigada a recuar até fora da Universidade. Houve então um grande Ato, denominado de trancaço, que ocorreu sob muita tensão, pois os manifestantes ficaram por mais de 2 horas frente à frente com a tropa de choque.
Ao término do Ato, quando manifestantes voltavam rumo à reitoria, ao passar em frente de alguns PMs que provocaram 3 companheiras, todos começaram a gritar: FORA PM! Um dos policiais, nesse momento, requisitou reforços através do rádio. Logo, um enorme contingente da tropa de choque entra na Universidade atirando bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, tiros de escopeta calibre 12 com balas de borracha. Houve uma grande perseguição e ataques a todos os manifestantes, por mais de 1 hora, dentro da USP.
Mais de 1.000 manifestantes recuaram até a FFLCH, onde foram isolados pela tropa de choque.
Uma comissão de professores da Adusp acorreu ao local, com objetivo de negociar com o Comando da Tropa a suspensão da violência e, foi atacada com várias bombas.
Muitos companheiros foram feridos, inclusive alguns hospitalizados. O comandante da PM, Cláudio Longo, em entrevista à CBN, declarou haver mandato de prisão para Claudionor Brandão, Magno de Carvalho e o estudante Caio, por incitar os manifestantes ao confronto. Em seguida, Brandão, Caio e Celso (funcionário do IEB) são presos e condizidos à 93ª DP, sendo liberados horas depois. O companheiro Zelito também chegou a ser detido. Entretanto, conseguiu escapar.
Os estudantes, que já tinham assembleia marcada para as 18 horas, em frente à reitoria, acabaram realizando uma grande assembleia na Av. Prof. Luciano Gualberto, onde estavam sendo discutidas as ações em resposta à bárbarie que houve na USP.
A responsabilidade do confronto ocorrido na USP é da reitora Suely. Entretanto, sabemos que uma ação como essa não ocorre sem ordem do Secretário de Segurança Pública e o aval do governador José Serra.
Muitos professores, dentre os quais alguns diretores de unidade acorreram ao local, comentando que depois do que houve a reitora Suely não tem mais condições morais de permancer no cargo.
ATENÇÃO: A reunião anunciada para hoje, entre a reitoria da USP e uma Comissão do Fórum das Seis, para discutir sobre abertura de negociação na próxima semana, foi cancelada de acordo com informação do chefe de gabinete da reitora Suely.
CONVOCAÇÃO URGENTE: todos osfuncionários da USP devem se concentrarna reitoria, a partir da 1ª hora
terça-feira, 9 de junho de 2009
BRUTAL REPRESSÃO POLICIAL DENTRO DA UNIVERSIDADE
A reitoria da USP comandada por Suely Vilela e o governo Serra mostraram hoje, 9 de junho, sua real faceta ao reprimir brutalmente a mobilização pacífica dos estudantes, trabalhadores e professores da USP, UNESP e Unicamp. Os três setores das universidades estaduais paulistas marcaram esta mobilização, que reuniu cerca de 1500 pessoas, para defender uma questão democrática elementar: a retirada das tropas policiais que há dias ocupa a universidade, impedindo a convivência no campus, violando a autonomia universitária, e como uma tentativa de impedir os trabalhadores de exercer seu direito de greve garantido pela constituição.
Como se não bastasse a violência que significa a ocupação do campus pela polícia, agora reprimi-se duramente a mobilização. A repressão de hoje se assemelhou a uma batalha campal, em que policiais fortemente armados lançaram bombas e atiraram com balas de borracha contra a manifestação pacífica, invadindo o prédio da FFLCH na USP, protagonizando uma verdadeira caça aos manifestantes não vista sequer nos tempos da ditadura militar. O motivo real da repressão é que ficava cada vez mais claro que a mobilização pela retirada da polícia do campus é legitima, enquanto os intransigentes e autoritários são Suely Vilela e Serra. O saldo: vários feridos e presos.
Enquanto os estudantes lançavam flores contra a polícia, estes respondiam com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Neste exato momento dois trabalhadores da USP estão presos. Claudionor Brandão, dirigente do SINTUSP demitido pela reitoria por perseguição política que busca acabar com o direito constitucional dos trabalhadores de se mobilizarem por suas demandas, e outro funcionário do Instituto de Estudos Brasileiros da USP.
Esta repressão criminosa mostra que a reitora Suely Vilela, o governo Serra, e o secretrário de segurança pública do estado de São Paulo, Ronaldo Marzagão, são os grandes culpados por esta situação. São eles os que rompem o diálogo, e respondem à mobilização pacífica com esta violenta repressão. Portanto temos que exigir a imediata renúncia do secretário Ronaldo Marzagão e fora Suely Vilela!
Fora a polícia do campus! Fora Suely Vilela!
Fora Ronaldo Marzagão!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
DESFORMAS - Centro de estudos Desmanche e Formação de sistemas Simbólicos
Pela imediata reintegração de Claudionor Brandão
Demissão fere a liberdade sindicalA escalada de perseguições políticas lançada pela Reitoria da Universidade de São Paulo desde o encerramento da ocupação de 2007 atingiu um novo patamar no final do ano, às vésperas do Natal e do recesso de início das férias, quando em 8/12/2008, Claudionor Brandão, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e representante dos funcionários no Conselho Universitário (CO), foi demitido pela reitora.
Esta exoneração não tem somente um caráter persecutório, mas é claramente ilegal ao violar as normas da Constituição (art. 8º da Constituição da República), as leis do Brasil (Títulos V e X da Consolidação das Leis do Trabalho) e as convenções sobre a Liberdade Sindical da Organização Internacional do Trabalho (Convenção n.º 98 de 1949; Convenção n.º 117 de 1962; Convenção n.º 135 de 1971; Recomendação n.º 143 de 1971; Convenção n.º 151 de 1978), junto a outros Tratados Internacionais como o artigo 26 da Carta Interamericana de Garantias Sociais (Bogotá, 1946). Estes dispositivos estabelecem que dirigentes sindicais democraticamente eleitos não podem ser demitidos sem um processo judicial prévio. Tal processo nunca se realizou, o que reforça ainda mais a ilegitimidade da medida adotada pela direção da USP.
Como se afirma no abaixo-assinado, impulsionado pelo SINTUSP, a favor da readmissão de Brandão e assinado, entre outros, pelo Ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Brasil, Paulo Vanucchi Leme, além destas medidas, a Reitoria da USP prossegue com processos, sindicâncias e inquéritos policiais contra diretores e membros do CDB - Conselho Diretor de Base do sindicato.
Os intelectuais, professores, jornalistas, advogados, juízes, militantes dos direitos humanos, lideranças sindicais e políticas abaixo assinados, alguns dos quais que já se manifestaram pela reintegração de Claudionor Brandão, dirigem-se à comunidade universitária nacional e internacional, convidando-a a juntar assinaturas ao presente documento, com o propósito de requerer a imediata reintegração do servidor Claudionor Brandão, de acordo com o exercício legítimo e democrático das relações de trabalho.
Contra a demissão de Brandão pela Reitoria da USP.
Informe-se nos links abaixo sobre o amplo movimento de luta, na USP e fora dela, pela readmissão do Brandão e pela democratização da universidade.
O ato arbitrário da reitoria atenta contra direitos legítimos e constitucionais dos trabalhadores da USP e reafirma a inexistência de democracia e princípios republicanos na universidade.
Download do abaixo-assinado.
Boletim SINTUSP sobre a demissão.
Blog Contra a demissão de Brandão.
Relato do Brandão sobre sua demissão.
Polícia volta a sitiar a USP
Dignidade:
Resgatar a nossa Autonomia Universitária!
Hoje, a reitora da USP, mais uma vez, autorizou a invasão da tropa de choque da Polícia Militar, com objetivo claro de intimidar os Funcionários da Universidade, em greve, em especial, nas unidades em que foi decidido, democraticamente, em suas respectivas assembleias, pelo fechamento dos prédios e a instalação de comissões de esclarecimentos nesses locais.
Os trabalhadores dessas unidades não foram impedidos, em momento algum, de entrar nos locais. O que observamos foi que os funcionários da reitoria e de outras unidades estão sendo coagidos à voltar ao trabalho, sob forte aparato policial, num ato de humilhação e assédio moral. Isso é inaceitável para todos nós!
Dessa vez, a polícia veio com um pedido claro da reitoria para prender seus próprios funcionários, estudantes e docentes caso ousassem violar as determinações da reitora.
Com essa atitude, a reitora tenta intimidar todo o conjunto da comunidade universitária e violar o mais elementar dos direitos trabalhistas, que é o direito de greve, conquistado à custa de muita luta e garantido na Constituição Federal (artigo 9º e a Lei nº 7.783/89). Não vamos aceitar a violação de nossos direitos.
Essa atitude intransigente e autoritária da reitora mostra que ela é contrária ao diálogo e às soluções pacíficas dos conflitos na universidade, demonstrando um total despreparo para o cargo que ocupa.
Esclarecemos que as negociações foram rompidas unilateralmente pela reitora e que nós, trabalhadores, sempre buscamos o diálogo e a negociação de nossas reivindicações.
A USP está com sua AUTONOMIA AMEAÇADA e isso é inaceitável! Foram décadas de lutas, onde muitas vidas foram perdidas para assegurar nossa cidadania e nossa liberdade de manifestação e de livre expressão.
O que vemos hoje é uma política deliberada de vincular a USP a projetos político-partidá rios em detrimento dos interesses e da missão da Universidade.
Sendo assim, não podemos nos omitir nesse momento e convocamos a comunidade universitária para resistir à esta política da reitoria de desrespeitar a nossa autonomia. Vamos resgatar nossa dignidade, duramente atingida neste momento!
A Universidade não pode perder seu objetivo que é a produção do conhecimento e suas consequências do debate de ideias.
FORA TROPA DE CHOQUE DO CAMPUS!
EM DEFESA DA AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA!
PELO ATENDIMENTO DE NOSSAS REIVINDICAÇÕES!
NÃO À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SINDICAIS!
EM DEFESA DE NOSSA ORGANIZAÇÃO SINDICAL!
NEGOCIAÇÃO JÁ!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
ATENÇÃO!
HOJE PELA MANHÃ, 3 DE JUNHO, A USP AMANHECE MAIS UMA VEZ OCUPADA PELA POLÍCIA MILITAR A MANDO DE SERRA E DA REITORIA
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Na última segunda, 1º de junho, o governo Serra e a reitoria da USP, sitiaram o campus universitário com as tropas da Polícia Militar, apostando que os trabalhadores da USP abandonariam a luta sem negociação e atendimento de suas legítimas reivindicações.
Frente à resposta da organização dos trabalhadores e o apoio de estudantes e professores, as tropas da Policia Militar foram obrigadas a se retirar. Ontem, 2 de junho, duas viaturas tentaram prender diretores sindicais e foram igualmente expulsas pelos grevistas e seus apoiadores.
HOJE PELA MANHÃ, 3 DE JUNHO, A USP AMANHECE MAIS UMA VEZ OCUPADA PELA POLÍCIA MILITAR.
Buscam evitar que a greve dos trabalhadores da USP se unifique com a greve dos professores estaduais que iniciam hoje sua luta.
A universidade, que deveria ser um espaço democrático, torna-se, pelas mãos do governo do estado e da reitora Suely Vilela, um lugar onde a livre manifestação e organização dos trabalhadores é tratada como crime e repete-se o itinerário da ditadura militar, ocupando o campus butantã com centenas de homens armados.
Chamamos mais uma vez a que todas as organizações políticas, partidos, sindicatos, grupos de direitos humanos e ativistas cercem de apoio e solidariedade ativa a luta dos trabalhadores da USP e repudiem a ação truculenta da reitoria.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Comunicado dos Funcionários da USP
Nós, funcionários da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembleia em frente à Reitoria (1/6), invadida pela Tropa de Choque, deliberamos pela elaboração desse documento de esclarecimento à comunidade uspiana e à sociedade, exercendo nosso direito de resposta conferido pela Constituição Federal (art. 5, inc. V da Constituição Federal).
Inicialmente, esclarecemos que os prédios da Reitoria, Antiga Reitoria, Coordenadoria do Campus, Coordenadoria de Assistência Social, Centro de Práticas Esportivas, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arqueologia e Etnologia e Creche Oeste, tinham, em seus acessos faixas com os dizeres “Estamos em Greve”, afixadas por funcionários dessas unidades, conforme deliberação de reuniões. Em algumas unidades havia também Comissões de Orientação e Esclarecimentos, compostas por funcionários dessa universidade. Em momento algum, nessa greve, ocorreu qualquer ação isolada de “grupo de servidores”, sendo todas as decisões legitimadas em reuniões de unidades e assembleias gerais da categoria.
Até a presente data, houve apenas uma reunião entre o Cruesp e Fórum das Seis, sendo que a proposta do Cruesp foi rejeitada por todas as categorias, que compõem o Fórum, por não atender minimamente às reivindicações do conjunto dos funcionários, professores e estudantes da USP, Unesp, Unicamp e Centro Paula Souza. A segunda rodada de negociação, marcada para 25/05, foi frustrada pela intransigência da Presidente do Cruesp, Reitora Suely Vilela, ao impedir mais uma vez a entrada do dirigente sindical Claudionor Brandão e das entidades nacionais Andes (Sindicato Nacional dos Docentes) e Fasubra (Federação dos Sindicatos das Universidades Brasileiras) e limitar a participação da representação estudantil a apenas um membro, quando, na realidade, teriam direito a dois representantes por entidade estudantil, numa ação de deslegitimar as organizações sindicais e estudantis, legalmente constituídas.
A iniciativa de reuniões com a reitoria para discussão de temas referentes às reivindicações específicas de funcionários sempre partiu do Sintusp. Em relação ao processo de implementação do benefício Auxílio Educação Especial, essa iniciativa também partiu dos funcionários, não se tratando de mera concessão da universidade de excelência.
Quanto à afirmação da reitoria de que “não pode se omitir diante de ações violentas” entendemos que violência é a invasão da Tropa de Choque ao espaço público universitário, portando armas de grosso calibre, escudos, cassetetes e bombas de efeito moral, estando todos os policiais sem a devida identificação.
Diante desse quadro, a reitoria demonstra a sua irresponsabilidade na ausência de diálogo com os diversos segmentos da universidade, que se colocam na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
A assembleia dos funcionários da USP aprovou a continuidade da greve e a realização de um Ato Unificado (funcionários, estudantes e professores), amanhã (2/6), em frente à reitoria, às 11 horas reivindicando:
• Retirada da Força Policial do campus universitário;
• Reabertura imediata de negociação entre Fórum das Seis e o Cruesp;
• Defesa da Liberdade de Organização Sindical;
• Pela reintegração de Brandão e retirada dos processos;
• Pelo atendimento da reivindicação salarial e demais pontos da Pauta;
• Fora reitora Suely Vilela e Eleição direta para reitor.
Assembleia Geral dos Funcionários da USP, em 1º de junho de 2009
Nota de Repúdio a invasão da PM na USP - DCE da USP
A greve dos funcionários tem como reivindicação 2 pautas principais, a readmissão do Brandão, dirigente do sindicato demitido em por causa de uma greve, e o reajuste salarial. Brandão sempre esteve a frente das greves dos trabalhadores defendendo melhores condições de trabalho e a qualidade do ensino da Universidade que vem sofrendo medidas que precarizantes ao longo dos anos, como agora a Univesp. A campanha salarial vem de acordo com negociações passadas entre o sindicato e a reitoria sobre o reajuste salarial, porém desde o início desse ano a reitoria se nega a negociar o aumento estipulado com os trabalhadores. Além disso, 1/3 da categoria está sendo ameaçada de demissão. A greve dos trabalhadores da USP é legítima, tem o respaldo da categoria e deve ser entendida como uma greve muito política pelo fato da demissão.
A própria demissão do Brandão no começo do ano e agora a presença de centenas de soldados da Tropa de Choque desmontando a greve mostram a truculência que age o governo do Estado de São Paulo e a reitoria diante de movimentos políticos e sociais. A presença do polícia militar no campus interferindo e desmontado a greve, fato que não se via desde a ditadura militar, é um grande absurdo que não deve ser aceito por nenhuma entidade do movimento sindical, popular e estudantil. A Tropa de Choque na Universidade é um afronte não somente àqueles que estão lutando dentro da USP, mas a todos os militantes de movimentos sindicais, populares e estudantis que nesse momento, vêem a liberdade sindical e política de um movimento ser criminalizada e atacada.
O DCE-Livre da USP traz seu total apoio aos trabalhadores da USP e à sua greve e convoca todos a repudiarem este ato que mostra mais uma vez a serviço de quem e de que está o Estado e seu aparato militar. Somente com a unidade do movimento estudantil, do movimento de docentes e do movimento dos trabalhadores conseguiremos barrar esses ataques aos movimentos políticos, defender a qualidade do ensino na Universidade e fazer com que a USP esteja voltada aos interesses de toda população.
Thiago
DCE livre da USP Alexandre Vanucchi Leme
gestão 2009 - Nada Será Como Antes!
COMUNICADO URGENTE:
REITORIA DA USP E GOVERNO SERRA MANDAM POLÍCIA CONTRA A GREVE DE TRABALHADORES
Desde a madrugada de hoje, 01 de junho, nós, trabalhadores da USP, estamos sofrendo mais um ato de repressão inadmissível. A universidade amanheceu completamente sitiada pela polícia. Em cada unidade da universidade há pelo menos uma viatura, e em frente ao prédio da reitoria há uma concentração de dezenas de policiais. Os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária.
Nós, trabalhadores da USP estamos em greve desde o dia 5 de maio por aumento de salário, em defesa de 5 mil trabalhadores que tem seus postos de trabalho ameaçados, pelas demandas do hospital universitário, e outras pautas específicas, e pela reintegração de Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP demitido. A demissão de Claudionor Brandão é produto da perseguição política aos trabalhadores e ao sindicato, protagonizada pela reitoria e pelo governo Serra. Trata-se de uma política marcada pela prática anti-sindical e anti-democrática que abre um gravíssimo precedente para todos os trabalhadores brasileiros. Não podemos permitir que os trabalhadores da USP e sua legítima mobilização em defesa da democracia na universidade sofram esta coerção policial.
Chamamos todos os meios de comunicação, ativistas dos direitos humanos, sindicatos, organizações políticas, estudantes e integrantes dos movimentos sociais a se unirem a nós e impedirem esta ofensiva, que é parte da escandalosa criminalização dos movimentos sociais, prática que tem se generalizado pelo país. Chamamos todos a enviarem moções de repudio para a reitoria da USP, exigindo a retirada imediata dos efetivos policiais, e a se concentrarem na frente da reitoria, e cercar de solidariedade os trabalhadores da USP em greve há 27 dias.
Claudionor Brandão, Comando de Greve da USP
E-mail do SINTUSP para moções de apoio: sintusp@sintusp.org.br
E-mail da reitoria da USP para envio de moções de repúdio: gr@usp.br