quarta-feira, 10 de junho de 2009

USP: UM CAMPO DE GUERRA



É difícil de acreditar no que ocorreu ontem na Universidade de São Paulo.
A partir das 12 horas, houve o Ato do Fórum das Seis, com mais de 2.000 funcionários, estudantes e professores da USP, Unesp e Unicamp, em frente à reitoria da USP, exigindo a retirada da PM do campus e abertura de negociação com o Cruesp.
Em seguida, funcionários e estudantes da USP, convocados pelo Comando de Greve Unifcado (funcionários e estudantes), dirigiram-se, em passeata, ao portão 1 da Universidade. A tropa de choque tentou impedir a saída da passeata da universidade, mas em virtude do grande número de manifestantes foi obrigada a recuar até fora da Universidade. Houve então um grande Ato, denominado de trancaço, que ocorreu sob muita tensão, pois os manifestantes ficaram por mais de 2 horas frente à frente com a tropa de choque.
Ao término do Ato, quando manifestantes voltavam rumo à reitoria, ao passar em frente de alguns PMs que provocaram 3 companheiras, todos começaram a gritar: FORA PM! Um dos policiais, nesse momento, requisitou reforços através do rádio. Logo, um enorme contingente da tropa de choque entra na Universidade atirando bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, tiros de escopeta calibre 12 com balas de borracha. Houve uma grande perseguição e ataques a todos os manifestantes, por mais de 1 hora, dentro da USP.
Mais de 1.000 manifestantes recuaram até a FFLCH, onde foram isolados pela tropa de choque.
Uma comissão de professores da Adusp acorreu ao local, com objetivo de negociar com o Comando da Tropa a suspensão da violência e, foi atacada com várias bombas.
Muitos companheiros foram feridos, inclusive alguns hospitalizados. O comandante da PM, Cláudio Longo, em entrevista à CBN, declarou haver mandato de prisão para Claudionor Brandão, Magno de Carvalho e o estudante Caio, por incitar os manifestantes ao confronto. Em seguida, Brandão, Caio e Celso (funcionário do IEB) são presos e condizidos à 93ª DP, sendo liberados horas depois. O companheiro Zelito também chegou a ser detido. Entretanto, conseguiu escapar.
Os estudantes, que já tinham assembleia marcada para as 18 horas, em frente à reitoria, acabaram realizando uma grande assembleia na Av. Prof. Luciano Gualberto, onde estavam sendo discutidas as ações em resposta à bárbarie que houve na USP.
A responsabilidade do confronto ocorrido na USP é da reitora Suely. Entretanto, sabemos que uma ação como essa não ocorre sem ordem do Secretário de Segurança Pública e o aval do governador José Serra.
Muitos professores, dentre os quais alguns diretores de unidade acorreram ao local, comentando que depois do que houve a reitora Suely não tem mais condições morais de permancer no cargo.
ATENÇÃO: A reunião anunciada para hoje, entre a reitoria da USP e uma Comissão do Fórum das Seis, para discutir sobre abertura de negociação na próxima semana, foi cancelada de acordo com informação do chefe de gabinete da reitora Suely.

CONVOCAÇÃO URGENTE: todos osfuncionários da USP devem se concentrarna reitoria, a partir da 1ª hora

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